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Protesto de indígenas Xikrin bloqueia acesso ao escritório da Norte Energia, concessionária de Belo Monte, no PA

Indígenas cobram cumprimento de compromissos da empresa, que levariam melhorias às comunidades. Indígenas Xikrin bloqueiam acesso a escritório da Norte Ener...

Protesto de indígenas Xikrin bloqueia acesso ao escritório da Norte Energia, concessionária de Belo Monte, no PA
Protesto de indígenas Xikrin bloqueia acesso ao escritório da Norte Energia, concessionária de Belo Monte, no PA (Foto: Reprodução)

Indígenas cobram cumprimento de compromissos da empresa, que levariam melhorias às comunidades. Indígenas Xikrin bloqueiam acesso a escritório da Norte Energia em protesto Em Altamira, no sudoeste do Pará, indígenas da etnia Xikrin bloquearam o trecho em frente ao escritório da empresa Norte Energia, concessionária da usina hidrelétrica Belo Monte. A manifestação começou pela manhã, na avenida Tancredo Neves, que dá acesso ao aeroporto da cidade. Os indígenas também montaram barricadas com pneus que foram queimados. Por causa do bloqueio, os funcionários da empresa não foram trabalhar nesta segunda-feira (16). Moradores de bairros, que ficam mais distantes, também não puderam passar pelo local para ir ao trabalho ou seguir para o centro da cidade. As lideranças indígenas representam 41 aldeias da Terra Indígena Trincheira-Bacajá. Elas afirmam que a empresa teria deixado de cumprir compromissos que levariam melhorias às comunidades. Os manifestantes pedem que a Norte Energia faça a revisão do projeto básico ambiental elaborado para atender as comunidades indígenas. Segundo as lideranças, as aldeias teriam sido impactadas pelo empreendimento, como a dificuldade de acesso pelo rio e a escassez de peixe e caça. Uma pauta com as reivindicações foi encaminhada à Norte Energia, à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e ao Governo Federal, além do Ministério Público Federal (MPF). O que diz a empresa A Norte Energia divulgou uma nota se posicionando sobre as manifestações dos indígenas afirmando que "investiu cerca de R$ 1,2 bilhão e executa 42 programas e projetos com destaque em educação, saúde, preservação do patrimônio cultural, atividades produtivas, proteção territorial e ambiental" além de "construir e equipar 56 salas de aula e 31 Unidades Básicas de Saúde Indígena em Terras Indígenas." "Além disso, atua na manutenção e recuperação de 500km de vias de acesso, a construção de 17 pistas de pouso e de 354 Sistemas de Esgotamento Sanitário em 15 aldeias e em uma comunidade ribeirinha, a instalação de 79 antenas satelitais para acesso à internet nas aldeias, mantém 170 profissionais de saúde indígena do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) de Altamira e oferece suporte para diversas atividades voltadas à subsistência e geração de renda para os povos indígenas", afirmou. A empresa também destacou "a construção das 11 Unidades de Proteção Territorial (UPTs) nas Terras Indígenas com a contratação das equipes (56 colaboradores) e a estruturação da Coordenação Regional da Funai de Altamira com veículos, embarcações, móveis e equipamentos". "A empresa também estruturou e mantem desde 2015 o Centro de Monitoramento Remoto (CMR) da Funai, que vigia 98% das Terras Indígenas do país, onde vivem 867,9 mil indígenas. A ferramenta monitora e analisa imagens e dados para combater desmatamentos, degradação, incêndios florestais e ocupação e uso criminosos em cerca de 600 Terras Indígenas da Amazônia Legal." A empresa nega que tenha ocorrido a extinção de qualquer espécie de peixe nas áreas de influência do empreendimento e que ações de mitigação vêm sendo implementadas. "Para suporte na navegabilidade foram implantadas 11 bases de apoio em locais que, historicamente, muito antes de empreendimento, apresentavam dificuldades de navegação nos períodos de baixa vazão do Xingu, conforme sua sazonalidade. Para atuação nessas bases de apoio, a mão de obra é contratada diretamente de comunidades indígenas e ribeirinhas localizadas no entorno. São cerca de 66 profissionais, entre pilotos e auxiliares, contribuindo também para a geração de empregos na região", afirma. VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Leia as últimas notícias do estado no g1 Pará

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