Polícia Civil apreende veículos em nova ação contra grupo suspeito de desviar R$ 11 milhões de construtoras
Operação Perfídia prendeu quatro pessoas e apreendeu aproximadamente R$ 1,3 milhão em carros de luxo. Nesta nova ação, um dos veículos apreendido está a...

Operação Perfídia prendeu quatro pessoas e apreendeu aproximadamente R$ 1,3 milhão em carros de luxo. Nesta nova ação, um dos veículos apreendido está avaliado em R$ 100 mil e o outro em R$ 200 mil, segundo a Polícia Civil. Veículos apreendidos já estavam com terceiros, segundo a polícia Divulgação/Polícia Civil Mais dois veículos que supostamente teriam sido adquiridos pelo grupo suspeito de desviar cerca de R$ 11 milhões de construtoras foram apreendidos em nova ação da Operação Perfídia, da Polícia Civil. Os veículos estão avaliados em cerca de R$ 300 mil. Clique aqui e siga o perfil do g1 Tocantins no Instagram. No dia 27 de maio, quatro pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no esquema. Entre elas, um casal dono de uma clínica de estética. Durante a operação, a Polícia Civil apreendeu outros quatro carros de luxo avaliados em R$ 1 milhão. Segundo a investigação, dois dos suspeitos eram funcionários das construtoras e atuavam no desvio de materiais e na compra de combustíveis. Os outros dois, supostamente, emitiam notas fiscais referentes aos produtos em nome de empresa criada pelo grupo. O dinheiro desviado supostamente era aplicado na compra de carros, construção de prédios e até em uma clínica de estética. A defesa do casal investigado informou, nesta terça-feira (3), que não vai se manifestar neste momento. A advogada dos outros dois investigados afirmou que vai se reunir com os clientes antes de enviar um posicionamento. Nova apreensão de veículos As novas apreensões de veículos ocorreram no domingo (1º) e nesta segunda-feira (2). Conforme a Polícia Civil, um dos veículos está avaliado em R$ 100 mil e o outro, em R$ 200 mil. Os carros estavam em posse de terceiros. Um dos veículos estava em uma casa da região sul da capital e outro foi entregue pelo advogado da pessoa que estava com o carro. “O trabalho policial continua, pois as evidências apontam que, durante o período em que atuou, essa organização criminosa gerou milhões de prejuízos aos donos das duas empresas. Agora, nessa nova fase, a operação busca localizar e apreender ativos e bens que foram desviados pelo grupo, que teriam sido utilizados, sobretudo, para a compra de veículos, em sua maioria de luxo”, explicou o delegado-chefe da 1ª Divisão de Combate ao Crime Organizado (1ª DEIC - Palmas), Wanderson Chaves Queiroz. Os veículos foram levados para a sede da 1ª DEIC e vão passar por perícia. Os quatro suspeitos presos devem responder por furto qualificado pelo abuso de confiança, associação criminosa, lavagem de dinheiro e falsificação de documento particular. LEIA TAMBÉM: Desvio de R$ 11 milhões: Polícia investiga se clínica de estética foi usada para lavar dinheiro tirado de construtoras Polícia apreende carros de luxo e prende quatro pessoas suspeitas de desviar R$ 11 milhões de construtoras Documento revela como era esquema de grupo suspeito de desviar mais de R$ 11 milhões Como esquema foi descoberto O suposto esquema foi descoberto depois que um engenheiro percebeu, em abril deste ano, que as obras realizadas pelas construtoras tiveram um aumento injustificado nos gastos, principalmente relacionados à compra de combustíveis. Ele passou a conferir as notas fiscais e identificou que os valores estavam sendo pagos para uma empresa, possivelmente criada como fachada para a fraude, segundo a investigação. A suspeita da polícia é de que os desvios possam chegar a R$ 11 milhões. De acordo com a Justiça, há fortes indícios de que os quatro investigados usaram os materiais e o dinheiro desviados para comprar carros, construir um prédio e abrir uma clínica estética. Isso seria para dissimular os bens obtidos com o desvio, havendo indícios de que teriam repassado veículos entre eles, segundo a decisão obtida pela TV Anhanguera. O juiz Márcio da Cunha destacou, na decisão que determinou as prisões, que a conduta dos investigados "não se trata de um crime patrimonial simples, mas de uma estrutura montada com uso de empresa de fachada, falsificação de documento particular e branqueamento de capitais". Também afirmou que a "atuação deles, conforme apurado, revela um modus operandi sofisticado, com divisão de tarefas e uso de artifícios fraudulentos para a prática dos delitos, o que denota uma possível existência de organização criminosa, e exige uma resposta firme e imediata do Estado". Veja mais notícias da região no g1 Tocantins.